O corpo do menino estava enrolado em um cobertor xadrez, foi encontrado
deitado de barriga para cima dentro de uma grande caixa de papelão a
poucos metros de uma estrada. A caixa era de um fabricante de berços, JC
Penney. O corpo estava limpo e seco. Os braços do menino foram
cuidadosamente dobrados em sua barriga. As unhas tinham sido
recentemente cortadas. Seu cabelo tinha sido cortado recentemente,
aparentemente a pessoa que o fez queria esconder a identidade da
criança. Pequenos aglomerados de cabelo cortado agarram-se a todo o
corpo da vítima, sugerindo que alguém havia cortado o cabelo do menino
enquanto ele já se encontrava nu, provavelmente pouco antes ou
imediatamente após a morte. Houve muitas contusões por todo o corpo da
criança, principalmente na cabeça e face. Todas as feridas pareciam ter
sido causadas ao mesmo tempo. Apesar de recentes investigações de DNA , o
crime permanece sem solução.
O crime
O corpo foi encontrado por primeiro por um jovem que estava no local
verificando suas armadilhas para caçar coelhos. Temendo que a polícia
confiscasse suas armadilhas, ele não relatou o assunto. Poucos dias
depois, um estudante universitário viu um coelho correndo para o mato.
Sabendo que havia armadilhas para animais na área, ele parou o carro
para investigar e descobriu o corpo. Ele também estava relutante em ter
qualquer contato com a polícia, mas decidiu se procurar a polícia no dia
seguinte.
O caso atraiu grande atenção da mídia na Filadélfia e do Vale do
Delaware, com fotos do menino, mesmo sendo colocados em cada conta de
gás, na Filadélfia. No entanto, apesar da enorme publicidade na época e
re-interesse esporádico ao longo dos anos, o caso permanece sem solução
até hoje, e identidade do garoto ainda é desconhecida.
Hipóteses
Como em todos os casos policiais sem solução, o caso do Menino da Caixa
também gerou diversas teorias para o crime, que volta e meia volta a ser
estudado. Atualmente duas hipóteses são aceitas para a solução do caso.
A primeira teoria envolve um lar adotivo, que ficava a aproximadamente
1,5 quilômetros do local da descoberta. Em 1960, Remington Bristow, um
funcionário do escritório do médico legista que obstinadamente estudou o
caso até a sua morte em 1993, contatou uma médium de New Jersey.
Ela disse a Bristow para procurar uma casa, cujo aspecto se parecia com o
lar adotivo. Quando a médium foi levada para o local da descoberta do
corpo na Filadélfia, ela levou Bristow direto para o lar adotivo.
Ao investigar o lar adotivo, Bristow descobriu um berço similar ao
vendido pela JC Penney, e cuja caixa havia sido usada para ocultar o
corpo do menino. Ele também descobriu cobertores pendurados no varal
semelhante àquele em que o corpo do menino tinha sido envolvido. Bristow
acredita que a criança pertencia à enteada do homem que dirigia o lar
adotivo. Segundo a teoria de Bristow a criança teria sido morta, talvez
pelo administrador do lar adotivo, para que a sua enteada não ficasse
taxada como uma mãe solteira, lembrando que ser mãe solteira naquela
época seria um grande estigma social para qualquer jovem. Bristow não
descartou que que a morte do garoto pudesse ter sido acidental, talvez
ele sofresse abusos físicos e numa dessas seções de espancamentos os
agressor (a) possa ter exagerado e causado a morte da criança. Apesar
desta evidência circunstancial, a polícia não conseguiu encontrar
quaisquer ligações concretas entre o Boy in the Box e a família que
administrava o lar adotivo. Em 1998, o tenente da polícia da
Filadélfia, Tom Agostinho, que estava no comando de um grupo de
investigação que analisavam casos antigos não desvendados, entrevistou o
senhor que cuidava do lar adotivo e sua enteada. A entrevista parecia
confirmar-lhes que a família não estava envolvido no caso, e a
investigação a respeito da teoria do lar adotivo é considerado fechado.
De acordo com um teste de DNA, a enteada foi descartada como sendo a
mãe do menino.
A teoria de "M"
A segunda teoria foi apresentada em Fevereiro de 2002 por uma mulher
identificada apenas como "M". Ela alegou que sua mãe abusiva comprou o
menino da caixa, cujo nome seria "Jonathan", de seus pais biológicos, no
verão de 1954. Posteriormente, o jovem foi submetido a abuso físico e
sexual. Segundo o relato de "M", o menino teria sido morto após um
ataque de raiva da sua mãe, que teria arremessado diversas vezes a
criança contra o chão, depois que ele vomitou na banheira. A mãe de "M"
em seguida, cortou o longo cabelo do menino e jogou o corpo do garoto na
área Fox Chase, que na época não era muito habitada. "M" chegou a dizer
que, quando elas estavam deslocando o corpo do menino, já dentro da
caixa de papelão, um motorista teria se oferecido para ajudar. A mãe de
"M" teria recusado a oferta de ajuda, e o motorista deixou o local.
Esta história coincide com o depoimento confidencial dado por uma
testemunha masculina em 1957, que falou ter visto duas mulheres
manipulando uma caixa de papelão no local em que o corpo do menino foi
encontrado. A polícia considerou a história bastante plausível, mas
estavam preocupados com o testemunho "M", pois ela tinha um histórico de
doença mental. Quando entrevistados, os vizinhos que tiveram acesso à
casa de "M" e sua mãe na época do crime do Menino da Caixa negaram que
tivesse vivido um jovem menino naquela casa. Todos vizinhos
entrevistados afirmaram que as declarações de "M" eram ridículas.
O caso do Menino da Caixa foi exibido na televisão norte americana
na série América Most Wanted. As séries de televisão Cold Case, CSI:
Crime Scene Investigation e Law & Order: SVU todas apresentaram o
caso em algum episódio, apresentando para ele uma solução fictícia.
Fonte: Mentes Perigosas, Wikipédia e Noite Sinistra