Frenologia, teoria do século XIX dizia saber a personalidade de alguém pela aparência

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Fran Joseph Gall
 
Spurzheim 




Hoje já se tem uma boa noção de como é a personalidade de uma pessoa, a ciência já avançou muito nesse tema, apesar que há ainda inúmeras teorias sobre quem é e como funciona cada um de nós. Psicopatas hoje se sabe que existem através de exames de neuroimagem. Porém, no passado, os especialistas usaram diversas ferramentas para descobrir quem era uma pessoa, e uma dessas táticas usaram a Frenologia, que nada mais foi que uma avaliação do formato do crânio para saber a personalidade do indivíduo.  



Por que algumas pessoas seguem um caminho do bem e outras vão para um caminho do mal? As pessoas nasciam assim, se tornam assim ou é algo maligno e até mesmo o próprio satanás? Essas perguntas sem respostas exatas seguiram os maiores especialistas em comportamento humano durante séculos. No entanto, Sigmund Freud e seus colegas decidiram ir a fundo nessa questão. 
Em 400 a.C., o primeiro médico da humanidade Hipócrates descreveu uma gamada série de transtornos mentais reconhecidos hoje, nessa descrição o médico defendeu o direito das pessoas com perturbações mentais. 

FISIONOMIA

Mas foi durante o século XVI que surgiu a ideia de que era possível determinar a personalidade de um pessoa por caracteristica física, isso incluía, testa, boca, cabelo, cabeça, boca, olhos e etc... Aos poucos, do século VXII em diante, os filósofos ocidentais do iluminismo começaram a exercer uma influência no pensamento médico, e nesse momento o termo psicologia foi utilizado pela primeira vez. 

Uma teoria que combinava ambas as abordagens e que cativou o imaginário popular foi a "frenologia".

Franz Joseph Gall (1758-1728), um médico muito sofisticado, chegou à conclusão, no final do século XVIII, em Viena, de que o cérebro era constituído por 33 "órgãos", cujos tamanho e posição poderiam ser descobertos as "protuberâncias" externas do crânio. Segundo sua teoria, havia três classes de órgãos: aqueles que controlavam as características humanas fundamentais; aqueles que eram responsáveis pelos "sentimentos", e como a caridade ou a espontaneidade; e aqueles de natureza puramente intelectual, como a apreciação do tamanho ou o reconhecimento da relação entre causa e efeito.

Entre os órgãos que Gall disse ter identificado - que incluem aquele que supostamente indicava o desejo humano de "procriar" - também encontravam-se também os órgãos responsáveis por homicídio, roubo, e da astúcia.


Para realizar uma análise frenológica, o cientista mediu a cabeça do paciente com um paquímetro, depois sentiu a superfície das áreas levantadas e deprimidas.

As áreas levantadas foram pensadas para indicar que a parte do cérebro localizada abaixo desse ponto estava bem desenvolvida, enquanto as áreas deprimidas indicavam o oposto.

Infelizmente, a frenologia às vezes era usada para promover o racismo, principalmente pelos nazistas.

Diversas pessoas estão familiarizadas com a aparência de um gráfico de frenologia, que normalmente mostra uma cabeça de perfil com áreas delineadas denotando certos aspectos da personalidade.

Os tipos de identificação da personalidade segundo a teoria da Frenologia:

1- o cérebro é o órgão da mente; 02) os poderes mentais humanos podem ser analisados em um número definido de faculdades independentes;

3- o tamanho de cada uma dessas regiões é a medida do grau em que as faculdades sentadas nela formam um elemento constituinte do caráter do indivíduo; 

4- a correspondência entre a superfície externa do crânio e o contorno da superfície do cérebro abaixo é suficientemente próxima para permitir ao observador reconhecer os tamanhos relativos desses vários órgãos pelo exame da superfície externa da cabeça.


Spurzheim que era discipulo de Gall, e que mais tarde nomeou mais quatro órgãos, foram obrigados a deixar a Áustria, já que suas ideias eram conflitantes com a opinião médica da época, embora suas teorias eram bem recebidas na França, Grã-Bretanha e nos Estados Unidos. Em Edimburgo, Spurzheim dissecou publicamente um cérebro humano e indicou a posição dos diferentes órgãos. Nos EUA, "frenologistas praticantes" viajavam de feira em feira afirmando que podiam curar doenças mentais e físicas".  

Brasileiro vítima do holocausto morre aos 94 anos, toda a família foi vítima do Nazismo

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Divulgação

Stern é reconhecido como único brasileiro sobrevivente do holocausto


Faleceu nesta quinta-feira, aos 94 anos, o homem tido como único brasileiro sobrevivente do Holocausto, Andor Stern. Em um comunicado divulgado através das redes sociais, os familiares agradeceram o carinho dos milhares de seguidores de Stern, e informaram que ele morreu em sua residência, em São Paulo. A causa do óbito não foi informada.

“Nossa família agradece desde já por todas as mensagens de apoio e palavras de carinho. Andor dedicou grande parte de seu tempo às suas palestras sobre o Holocausto, ensinando os horrores do período para que não se neguem nem se repitam, e motivando as pessoas a valorizarem e agradecerem a vida e a liberdade. O carinho de vocês sempre foi muito importante para ele”, escreveu a família.

Stern nasceu em São Paulo, no ano de 1928, mas se mudou para a Hungria ainda criança ao lado de seus pais. Sua infância foi tranquila e comum até as coisas mudarem, em 1939, com a Invasão da Polônia por Adolf Hitler e a eclosão da Segunda Guerra Mundial. Com a guerra em andamento e o posicionamento do Brasil ao lado dos aliados, ele foi considerado inimigo de Estado e entregue às autoridades húngaras.

Em 1944, Stern, sua mãe, seus avós, seu tio e sua tia grávida foram levados para Auschwitz no mesmo trem, sendo separados quando chegaram no campo de extermínio. Todos da  família de Stern foram mortos na câmara de gás. Os números que o identificavam no campo de concentração continuam tatuados em seu braço: 83892.

Com o fim da guerra em 1945, Stern conquistou sua liberdade novamente. Viveu mais três anos na Hungria e, em seguida, retornou ao Brasil.

Andor Stern deixa cinco filhos, netos e bisnetos. Sua trajetória foi contada na biografia “Uma Estrela na Escuridão”, de autoria do historiador Gabriel Davi Pierin. O livro também foi adaptado para os quadrinhos.

O velório acontece hoje às 14h, com enterro às 15h no Cemitério Israelita do Embu.

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