Beco que dá na casa do suspeito | Foto: Will Soares/G1 |
Um pintor de parede está sendo investigado, e pode ser um “serial
killer". Foram encontrados o corpo de um travesti mudo e surdo três cadáveres e
uma ossada no quintal da casa do pintor que fica na favela
Alba, no Jabaquara, zona sul de São Paulo.
A polícia acredita que Jorge Luiz Morais de Oliveira, de 41
anos, seja um assassino em série.
Ele foi preso em flagrante e
confessou apenas a morte de
Carlos Neto Alves de Matos Júnior, o travesti. A polícia encontrou escondidos
na casa dele facas e um soco inglês sujos de sangue, assim como roupas feminina
e um lençol manchados.Jorge Luiz Morais de OliveiraReprodução/TV Record |
Com ferimentos de faca no braço e coxa, o suspeito alegou
que matou em legítima defesa.
Ele disse que júnior e outro foram à sua casa na tarde de
quarta- feira (23) e, como ele se recusou a fazer com eles, foi atacado. Mas
conseguiu tomar a faca que o travesti portava e o matou.
A história foi desmentida pela mãe e irmã do pintor, que
moram na casa em frente a dele.
Elas disseram que o travesti, acompanhado de um amigo,
chamavam por uma vizinho do pintor. Ele, então, pediu que os dois entrassem em
sua casa para chamar a vizinha pelo muro de quintal.
Os familiares relataram terem ouvidos gritos e depois viram o momento em que o acompanhante do
travestir escapou correndo.
Oliveira fugiu após o crime, na quarta, e só reapareceu no
sábado, após a mãe chamar a PM e ligar para ele, propondo que lhe contasse
pessoalmente o que de fato aconteceu.
Na casa do pintor, havia um rastro de sangue do quintal ao
quarto, onde o piso estava quebrado. A polícia desconfiou e cavou no local e
foi encontrado o corpo do travesti.
Oliveira disse, segundo a polícia, que ficou com medo e
resolveu ocultar o corpo.
No momento em que o acusado era algemado a polícia desconfiou
do piso que estava diferente, e então, os policiais cavaram e encontrar mais
três corpos e uma ossada. Nenhum foi identificado.
Um celular encontrado na casa de Oliveira foi reconhecido
como sendo de uma mulher que está desaparecida há um mês.
A polícia já sabe que os outros corpos encontrados na casa
do pintor eram de homens e tinha ferimentos de facadas. Agora a polícia quer
sabe se o alvo dele era homossexual.
Oliveira já tinha antecedente criminal por homicídio. Ele
morava na favela e nunca foi casado.
Logo após a prisão os populares quebraram a casa do acusado.
E os familiares se mudaram com medo de represália por parte da população.