Os dez remakes de filmes de terror de maiores sucessos


"It – A Coisa", que estreou este mês, é um remake de um telefilme dos anos 1990

A quem goste de filmes de terror (eu), e a quem deteste, no cinema eles fazem tanto sucesso e que remake de filmes antigos é quase comum.

Palhaços, fantasmas, criaturas demoníacas e zumbis: esses são alguns dos personagens que estão sempre recorrentes em filmes de terror assustando e assombrando gerações. Muitos dessas obras acabam ganhando o status de clássicos do cinema, seja pela sua qualidade técnica ou por contar uma boa história. Não é à toa, portanto, que diversos filmes que caíram na graça dos fãs do gênero ganharam 
remakes , como aconteceu mais recentemente com “It :A Coisa”. Obra do ilustre escritor de horror Stephen King, o livro ganhou um telefilme em 1990 que fez tamanho sucesso e rendeu até mesmo um Emmy na ocasião. Agora, a temática volta à tona com um longa para o cinema que chegou a fazer a melhor bilheteria de estreia de um filme de terror da história.



Entre remakes de clássicos e aqueles que, na verdade, fizeram mais sucesso que os originais, essas obras ganharam notoriedade no universo da sétima arte e tornaram-se grandes referências do gênero. Confira dez remakes que valem o ingresso do cinema. Qual dos filmes de terror é o seu favorito?

“O Médico e o Monstro”(1931 e 1941

Um dos clássicos dos filmes de terror, "O Médico e o Monstro" teve dois remakes no século XX



Com base no livro “O Estranho caso de Dr. Jekyll e Mr. Hyde”, de Robert Louis Stevenson publicado em 1886, o longa “O Médico e o Monstro” ganhou as telonas pela primeira vez em 1920. A história mirabolante de um cientista filantropo que testa em si mesmo uma fórmula que tem o intuito de provar que o bem e o mal existem em todas as pessoas. Entretanto, apesar das boas intenções, os efeitos do seu experimento começam a dar errado e o seu lado demoníaco começa a ganhar força aterrorizando todos ao seu redor.
O primeiro filme, na época, ainda era mudo inovando na transformação do médico Jekyll par ao diabólico Sr. Hyde. Caindo na graça dos fãs de filmes de terror, o longa ganhou um remake em 1931, que recebeu diversas indicações ao Oscar e, mais tarde, em 1941 que rendeu à Fredric March, ator protagonista da trama, o Oscar de melhor ator principal na época, além do prêmio da audiência de ator favorito no Festival de Veneza. Com dois remakes de sucesso, a história do século XIX eternizou-se na sétima arte conquistando diversas gerações.

"A Mosca" (1986)

O remake da ficção científica de terror rendeu um segundo filme sobre a trama


Um conto publicado por George Langelaan em 1957 na revista Playboy estadunidense foi o que inspirou a realização do filme “A Mosca da Cabeça Branca” no ano seguinte. A trama conta a história de um cientista que testa uma máquina de teletransporte e não percebe que uma mosca também entrou no aparelho. Ao se teletransportar, seu DNA se funde com o do inseto dando origem a uma letal mutação genética. A ficção científica de terror foi regravada anos mais tarde, mais precisamente em 1986, por David Cronenberg recebendo o Oscar de Melhor Caracterização e outros prêmios da crítica especializada de cinema. O remake rendeu um segundo filme sobre a temática em 1989.

"O Chamado" (2002)

A história de Samara Morgan na realidade é baseada em um romance japonês

Em 1998, o romance do japonês Koji Suzuki ganhava uma versão cinematográfica intitulada “Ringu”. A história era a de uma repórter que tinha que investigar a misteriosa morte de sua sobrinha quando descobre uma fita de vídeo que carrega consigo uma maldição: quem a assiste encontra com a morte em sete dias. Naquele ano, a história até chamou atenção dos fãs do gênero, mas ela só ganhou força quando Hollywood decidiu fazer um remake em 2002 protagonizado por Naomi Watts. O filme foi bem recebido pela crítica, que julgou a nova versão até mesmo superior à original, e acabou sendo um dos dez longas mais vistos naquele ano. A trama acabou ganhando mais três continuações, tendo a quarta sido lançada no início de 2017. Apesar de não ter atendido às expectativas dos fãs, a história de Samara Morgan ficou eternizada no imaginário do público e atualmente, ninguém mais se arrisca a assistir vídeos estranhos por aí.

"Madrugada dos Mortos" (2004)


O longa é remake de um clássico de George Andrew Romero

Quando o assunto é filmes de zumbis, George Andrew Romero é um dos principais nomes que vem à tona. Com uma filmografia que reúne grandes clássicos do cinema como “A Noite dos Mortos Vivos” (1968), o diretor também assina o clássico “Despertar dos Mortos” (1978) que conta a história de uma epidemia que devasta os Estados Unidos transformando grande parte da população em zumbis. Na trama, o governo recruta uma equipe para acabar com a ameaça, mas o plano sai errado e eles acabam ficando presos dentro de um shopping – não por muito tempo. O longa caiu no gosto da cultura pop e em 2004 teve a sua primeira refilmagem que levou o nome de “Madrugada dos Mortos” no Brasil, que recebeu diversas críticas positivas e foi categorizado como uma “re-imaginação” da produção original. É um daqueles filmes para assistir mais de uma vez – mas cuidado ao sair de frente das telinhas: você pode estar em um apocalipse zumbi e nem perceber!

“Halloween – O início” (2007)

O remake ficou por conta do músico Rob Zombie

Tudo começou em 1978 com o filme de John Carperter. Em uma noite de Halloween na cidade de Haddonfield, um garoto de seis anos de idade fantasiado de palhaço assassina a sua irmã mais velha. Quinze anos depois, preso em um hospício, o jovem escapa da clínica e volta a assombrar a cidade. O filme na época foi bem recebido pelo público e pela crítica especializada, o que acabou rendendo mais oito filmes sobre a trama. A temática foi se desenrolando ao longo dos anos, mas foi em 2007 que Rob Zombie, conhecido por integrar a extinta banda White Zombie, resolveu reviver o clássico com um remake centrado no que Michael Myers, protagonista da trama, passa nos seus anos de hospital psiquiátrico. As situações são mais intensas, mais desconfortáveis e até mesmo mais letais que às dos anos anteriores.

"Deixe-me Entrar" (2010)

A amizade entre duas crianças pode ser mais macabra do que parece em "Deixe-me entrar"

A amizade entre duas crianças pode ser uma coisa genuína, exceto pelo fato de que uma delas tem mais idade do que aparenta e precisa se alimentar de sangue para sobreviver. A história vampiresca é o enredo do filme sueco “Deixe Ela Entrar”, que foi um sucesso da crítica especializada e ganhou diversos prêmios de cinema em 2008, quando foi lançado. Dois anos depois, foi a vez de Matt Reeves, conhecido por “Coverfield”, dirigir um remake estadunidense sobre a trama – mas desta vez, com uma pitada de romance adolescente. Apesar de fugir do obscuro escandinavo, o filme faz valer o ingresso por trazer uma narrativa tensa e atualizada sobre o universo dos vampiros na sétima arte.

"Quarentena" (2008)

Um ano depois do lançamento do original espanhol, a versão estadunidense apareceu nas telonas


O filme espanhol “REC” (2007) rendeu aos fãs de filmes de zumbis um clássico contemporâneo. O longa conta a história de uma jornalista que ao acompanhar a noite de trabalho de bombeiros da cidade de Barcelona e acaba se vendo presa em um condomínio onde uma grave doença se espalha entre os moradores. O filme fez tanto sucesso que, logo no ano seguinte, ganhou uma versão estadunidense, intitulado como “Quarentena”. O remake se compromete a trazer todo o terror da Espanha para a cidade de Los Angeles, com algumas pequenas mudanças na trama. O importante é não desligar a câmera.

"A hora do Pesadelo" (2010)

O longa "A Hora do Pesadelo" tornou-se um dos clássicos da cultura pop



Freddy Krueger é, sem dúvida, um dos vilões mais famosos do universo dos filmes de terror. Os anos passam e o seu desejo de vingança ainda assusta os sonhos de diversos adolescentes ao redor do mundo. Em 1986 sua história veio à tona na sétima arte recebendo diversas críticas positivas principalmente pela habilidade técnica de mesclar as barreiras do real com o imaginário, brincando com as percepções dos telespectadores e rendendo ao longa indicações mesmo anos depois do seu lançamento. Em 2010 foi a vez de atualizar a história com um remake que apesar das críticas negativas pela crítica especializada, fez sucesso de bilheteria. O filme não supera o original, mas é uma boa alternativa para quem é fã do vilão e gosta de uma atualização cinematográfica.


"Sexta Feira 13" (2009)

Na época de seu lançamento, o longa bateu recorde de bilheteria em relação às estreias de filmes de terror nos cinemas

Outro clássico do cinema com um vilão com sede de vingança ganhou regravações. O psicopata Jason Voorhees apareceu pela primeira vez nas telonas do cinema em 1980 – e depois nunca mais parou, tendo entrado nos holofotes mais doze vezes na sétima arte. A história de um jovem que supostamente havia morrido no parque Crystal Lake foi um grande sucesso de bilheteria na sua estreia e não a toa que seu remake, que veio em 2009, também conquistou bons números nos cinemas, chegando a bater o recorde de estreia de um filme de terror na época, ainda que não apresentasse um grande elenco ou ter recebido comentários positivos da crítica especializada.



"Somos o que somos" (2013)

O longa foi baseado em uma obra mexicana

Quando o filme mexicano “Somos lo que hay” chegou aos cinemas em 2010, o longa era conhecido por ser um drama familiar, mas o que era apenas uma história trágica trouxe terror para as telonas do cinema. A história começa com a morte de um patriarca em um Shopping Center que acaba deixando três filhos e sua esposa muito pobres no mundo. As coisas começam a complicar quando durante a autópsia descobrem um dedo humano em seu estômago. Em 2013 a trama caiu nas mãos de Jim Mickle (“Anoitecer Violento”) que apesar de se inspirar na história mexicana, tem um desenrolar bastante diferente. No remake, o centro da história é a família Parker que é considerada amigável em uma cidade pacata do país, mas na vida privada, o pai envolve seus filhos em uma tensão religiosa pra lá de macabra que é digno de receber destaque entre os remakes de filmes de terror.


Quase 80.000 papiros estão para serem decifrados em Viena


Viena, 16 set (EFE).- Quase 80 mil papiros em árabe, muitos deles da época da conquista do Egito, pouco depois de Maomé, esperam para serem decifrados e digitalizados em um projeto internacional na Biblioteca Nacional de Viena.
Segundo explicou Bernhard Palme, diretor do Museu do Papiro de Viena, o interesse internacional pelas raízes da cultura árabe "cresceu por causa da chamada Primavera Árabe e de todo o movimento que surgiu" nas regiões envolvidas.
"Ainda que não se saiba quantos há no Cairo, pode se dizer que a coleção de papiros de Viena tem o maior número de textos (dessa época) em árabe do mundo: cerca de 80 mil documentos, dos quais até agora apenas 800 foram lidos", contou Palme à Agencia Efe.
Este especialista, catedrático de Papirologia da Universidade de Viena, assegurou que, por enquanto, não se achou nenhum documento que revele se as normas de comportamento ou vestimenta para homens e mulheres que hoje são impostas em algumas culturas árabes, como a burka, têm uma origem tão antiga.
"O primeiro que aparece são documentos administrativos e cartas de negócios", e o que se tem descoberto dessa época trata mais de "assuntos de impostos, cartas privadas, de negócios... Mas nada de tratados teóricos sobre o tratamento das mulheres", disse Palme.
"Apesar disso, tendo em vista o tesouro que ainda resta para ser descoberto neste museu, não se pode descartar que os cientistas acabem encontrando alguma coisa", destacou o especialista austríaco.
Com cerca de 180 mil "rolos" que abrangem 3.000 anos (desde 1500 antes de Cristo até 1500 depois de Cristo), a coleção de papiros de Viena é uma das maiores do mundo e está incluída na lista do programa da Unesco "Memória do Mundo" como patrimônio histórico documental da humanidade.
Para o papirólogo, o que esta coleção tem de especial é que contém documentos que datam dos primeiros séculos do domínio árabe.
Um exemplo é o papiro em língua árabe mais antigo que se conhece no mundo: um recibo da entrega de 65 ovelhas para soldados do exército árabe, emitido em 25 de abril de 643, ou seja, "um ano e meio somente após a conquista do Egito" e 11 anos após a morte de Maomé.
É parte da exposição permanente do museu que, situado no porão da Biblioteca Nacional da Áustria, no Palácio Imperial de Viena, carece de janelas e tem uma luz muito tênue, para proteger os delicados objetos por trás de suas vitrines.
O citado papiro está escrito em dois idiomas, árabe e grego, reflexo que nessa época ambos os idiomas conviviam no império, como também com a língua copta, explicou Palme.
O especialista lembra que o mundo científico conta com uma "maravilhosa" historiografia árabe sobre a época da conquista (árabe, no ano 640) de Palestina, Síria, Egito e Iraque, mas o problema é que foi escrita cerca de 400 anos depois dos eventos.
"E o que queremos ter são documentos provenientes dessa mesma época (da conquista). E há em grandes quantidades entre os papiros. Por isso o esforço de encontrar esses documentos antigos, digitalizá-los, estudá-los e publicá-los", destacou Palme.
O diretor explicou que "apesar de serem apenas pequenos focos ("spotlights"), mensagens curtas, que não oferecem um grande panorama da história, com eles se pode entender muitas coisas sobre o domínio, sobre a comunicação, a atividade dos primeiros administradores".
"Quando muitas centenas e milhares desses textos forem publicados, a nossa imagem será cada vez mais completa", ressaltou Palme.
Para isso foi lançado há quatro anos em Viena um projeto para decifrar o conteúdo dos documentos árabes e digitalizá-los.
O objetivo final é criar um acesso on-line a cerca de 15 mil papiros e poder assim convidar arabistas de todo o mundo a ler e decifrar os mistérios destes documentos. EFE

O adolescente que queria ser um serial killer

James Fairweather diz ouvir vozes que o compelem a matar
 

Primeiro, um homem foi encontrado morto com mais de cem facadas em um parque da cidade de Colchester, no nordeste da Inglaterra. Depois, uma jovem saudita foi achada com 16 facadas, inclusive nos olhos, ao lado de uma pista de caminhada movimentada.

Teorias sobre quem seria o assassino se multiplicaram. Nenhuma era tão surpreendente quanto a verdade.


Apenas 13 dias após o segundo crime, a polícia estava interrogando um adolescente de 15 anos. Ele era uma das 70 pessoas do norte do condado de Essex que foram para prestar depoimento sobre as mortes de Nahid Almanea, em junho de 2014, e de James Attfield, ocorrido três meses antes.

Todas tinham passagem pela polícia por terem cometido crimes usando facas. James Fairweather estava sob a supervisão de uma corte de delitos juvenis por um roubo a mão armada em janeiro daquele ano, quando levou charutos de uma loja.

Ele prestou depoimento voluntariamente, com sua mãe ao lado, disse à polícia que estava em casa na hora das mortes e foi liberado. Mal sabiam os policiais que haviam acabado de deixar o autor dos dois assassinatos ir embora.

James Attfield foi morto com 102 facadas em um parque

Os assassinatos

A violência do ataque a James Attfield impressionou até os policiais.

Ele sofreu mais de cem ferimentos a faca quando foi atacado no Castle Park, em março de 2014. Seu corpo estava coberto por sangue e por ferimentos terríveis demais para serem descritos aqui. Ainda estava vivo quando foi achado, mas morreu ainda no local, enquanto os paramédicos tentavam salvá-lo.

Três meses depois, Nahid Almanea, uma estudante da Universidade de Essex de 31 anos, foi encontrada morta em meio ao mato ao lado de uma pista de caminhada, a trilha Salary Brook, próxima de sua casa. Ela havia levado diversas facadas – ambos os olhos haviam sido apunhalados.

Dois assassinos ou um?

"Não sabíamos o que pensar", diz Tim Young, membro do conselho local e morador da área onde a jovem saudita foi morta. "As pessoas ficaram preocupadas, porque poderia ocorrer de novo."

Attfield e Almanea eram vítimas muito diferentes – um era homem branco britânico e a outra, uma mulher muçulmana. Ela foi morta de noite e ele, durante o dia.

Para a cidade de Colchester, as mortes representavam um dilema cruel. Ou havia dois assassinos à solta ao mesmo tempo, ou um único assassino que não parecia ter predileção especial por um tipo de vítima específico.

As pessoas logo passaram a evitar os vários parques e áreas verdes de Colchester. A vegetação alta foi cortada para não dar aos autores (ou autor?) dos ataques locais para se esconderem.

"Havia várias teorias sendo debatidas, mas acho que havia um sentimento genuíno de que, quem quer que fosse responsável, não era local", diz Young. "Como alguém que vive na região seria capaz disso?"

Inspeção da cena do crime revelou poucas pistas sobre o autor

A investigação

A polícia fez, então, diversos apelos públicos. "Havia poucas evidências forenses ou físicas coletadas nas cenas dos crimes ou dos corpos para que os policiais tivessem uma linha de investigação que levasse a qualquer indivíduo", afirma o promotor Paul Scothern, que viria a acusar Fairweather.

Os investigadores queriam interrogar "seis homens misteriosos" registrados por câmeras de segurança, uma mulher que havia sido mencionada por James Attfield em uma rede social e um casal que estava sentado em um banco.

E, com a morte de Almanea, veio uma nova rodada de apelos, várias prisões e um pedido por informações sobre um homem bronzeado que usava uma jaqueta com um estilo caracteristicamente italiano e por um homem que vestia um agasalho vermelho com capuz.

Nas redes sociais e na imprensa ao redor mundo, logo surgiram comentários que ligavam a morte da jovem muçulmana à sua religião. Havia teorias de que seu assassinato tinha motivações religiosas ou raciais.

Na verdade, como os jurados do caso ouviriam depois, Almanea foi morta por estar no lugar e na hora errados. "A escolha dos alvos foi totalmente aleatória", diz Scothern. "A intenção do criminoso era sair e matar alguém. Não havia uma condição específica para quem, onde ou quando."

A terceira vítima

Tudo voltou à normalidade, até que, quase um ano depois, Michelle Sadler levou seu cão para passear no meio da manhã de 27 de maio. Ela viu um rapaz com óculos de aros grossos e escuros parado sozinho em uma passarela perto de onde Almanea havia sido morta.

Ela pensou que ele agia de forma suspeita e sentiu-se "intimidada e ansiosa" com sua presença. Muitas pessoas simplesmente ignorariam esse encontro, mas Sadler decidiu avisar à polícia. O suspeito era James Fairweather.

Quando o policial Scott Lumir chegou dez minutos depois, Fairweather disse que havia saído para caminhar e clarear a mente. Ele disse que "não estava se sentindo muito bem". O policial perguntou se ele levava algo que não deveria.

Sim, respondeu o jovem, que usava luvas emborrachadas e tinha uma faca no bolso. Fairweather foi preso, e no interrogatório veio à tona que ele estava atrás de uma terceira vítima.

Mas por que esperar 11 meses para isso? O assassino disse que os dois primeiros assassinatos tinham despertado um nervosismo nas pessoas. Isso, segundo ele, dificultou a busca por um novo alvo.

Logo, a polícia havia falhado ao não prendê-lo após interrogá-lo pouso depois da morte de Almanea? O promotor Scothern diz acreditar que não.

"Ele foi um dos que compareceu prontamente à delegacia para depor, e o que ele disse pôde ser verificado até certo ponto", afirma. "Não havia nada que apontasse sua ligação com atos que fossem motivo de preocupação. Era uma investigação com um escopo muito grande."

O estripador de Yorkshire e a coleção de DVDs

Fairweather tinha um DVD sobre o estripador de Yorkshire, Peter Sutcliffe

Os registros escolares de Fairweather dão conta de um menino "que tinha empatia pelos outros". Mas, quando o psiquiatra Simon Hill o avaliou em agosto passado, o jovem descreveu alguns dos "pensamentos mais antissociais e violentos" com os quais o médico havia se deparado em sua carreira.

Ele disse ouvir vozes que o mandavam colocar fogo em bebês e expressou ódio por prostitutas, dizendo que essas mesmas vozes lhe pediam que arrancasse suas línguas. Também contou como seu professor o fez ficar com raiva e como ficou empolgado com a ideia de feri-lo e jogar ácido em seu rosto.

De certa forma, a escalada de violência podia ser notada na escola. Fairweather era às vezes alvo de gozação por causa de suas orelhas e causava "um pouco de problemas", além de ser descrito como um "garoto espertinho" que faltava com frequência. Professores descreveram episódios em que ele chutou, esmurrou e jogou para longe móveis escolares.

Mas não havia algo que indicasse que ele viria a ser um assassino.

Depois da prisão, a polícia fez buscas em seu quarto e encontrou um DVD sobre o estripador de Yorkshire, Peter Sutcliffe (clique AQUI para saber mais sobre ele), e um livro chamado Os Piores Crimes do Mundo. Em seu telefone, foi achado um artigo sobre os "cinco assassinos em série terríveis que estão livres hoje".

Mas, apesar desse interesse no tema, diz Scothern, "isso por si só não é um indício de que alguém quer se tornar um assassino em série ou copiar esses crimes". "Basta ver uma livraria – a seção sobre o tema é repleta de títulos."

'Estava em fúria'

Fairweather disse que apunhalou os olhos das vítimas para que elas não vissem 'o mal'

Ao descrever os assassinatos para os detetives, Fairweather disse que havia saído escondido de casa por volta da meia noite e encontrou Attfield deitado bêbado na grama. Ele contou que as vozes disseram que o homem era "o alvo".

Attfield soltou um grito intenso, disse ele, "que o atravessou" e suplicou "pare, pare" ao receber os primeiros golpes no seu estômago e cabeça.

"Estava usando muita força. Estava em fúria. Durou dois ou três minutos. Quando você fica neste estado e ouve vozes rindo de você, a força vem naturalmente. Eu o apunhalei na cabeça. Errei um golpe na lateral. Atingi seu olho, e espirrou muito sangue. Pensei que estava morto."

Ele também recordou como surpreendeu Almanea com uma baioneta de 25 centímetros. "Ela estava caminhando para longe de mim e não me notou. Saquei a baioneta e mirei nos seus rins. Ela cambaleou. Era uma faca longa e, obviamente, a atravessou. Atingi seu olho e a matei instantaneamente. A faca atingiu o cérebro."

Mas, por que os olhos? Fairweather disse que era para que a vítima não conseguisse "ver o mal".

'Ele queria ser um serial killer'

O promotor Paul Scothem diz acreditar que o rapaz queria continuar matando

O adolescente alegou inocência ao dizer que não era responsável pelas mortes, já que sentia-se compelido a matar pelas vozes e visões que tinha.

Scothern disse que alguns dos argumentos eram "muito semelhantes" a fatos conhecidos sobre "outros assassinos em série e motivos apresentados por eles durante seus julgamentos".

Mas, durante o julgamento de Fairweather, vários psiquiatras afirmaram ser possível crer que ele de fato ouvia vozes. Entre outras razões, por causa de uma predisposição genética para doenças mentais. Seu pai havia tido o problema, inclusive ouvido vozes em sua cabeça.

Não foram assassinatos por impulso, diz Scothern, para quem Fairweather saiu de casa com a intenção de matar, escolheu suas vítimas e depois, de forma deliberada, não deixou pistas. E o rapaz não tinha planos de parar.

"Ele expressou ter intenção de continuar com os atos." E o fato de ele estar usando luvas quando foi preso sugere, segundo o promotor, que o rapaz queria evitar ser identificado "pelo máximo de tempo possível".

"É razoável dizer que ele queria se tornar um serial killer."

Urandir e os Ets, homem garante ter contatos com Ets e atrai milhares de pessoas e a fúria de ufólogos

Urandir já foi até preso

A enganação de pessoas não tem fim. Como se não bastasse o número imenso de religiosos enganando as pessoas a depositarem dinheiro em suas conta, no Brasil a nova novidade agora é o Urandir, que garante ter contatos com extras terrestres e ter algumas habilidades especiais e já tem milhares de seguidores o enriquecendo-o.



Foto do projeto que Urandir tem em seu estado que atrai milhares de pessoas e tem mistura de mistérios.


Urandir Fernandes de Oliveira é um fenômeno. Desde os 13 anos ele tem contato com seres extraterrestres, especialmente com os do planeta Vênus. São figuras com 20% de matéria e 80% de energia, que se locomovem em naves douradas. Deles, Urandir recebeu diversos dons, a começar pelo da cura. Recebeu também a missão de preparar a humanidade para acompanhar mudanças na Terra, que está evoluindo da terceira para a quarta dimensão, seja lá o que isso signifique. Urandir tem ainda acesso aos arquivos cósmicos dos humanos. Numa caverna de sua fazenda, o Projeto Portal, no município de Corguinho (MS), seres intraterrenos guardam estes arquivos há mais de seis mil anos. Mas os registros só podiam ser acessados até 25 de março de 1999. Quem perdeu o prazo, pode se candidatar a uma vaga nas naves espaciais que serão mandadas, em ocasião oportuna, por um misterioso Conselho Cósmico.
Aos 36 anos, Urandir diz contabilizar 76 mil seguidores e poder convocar ETs com a mesma facilidade com que exibe luminescência nas mãos. Aliás, sobre sua fazenda naves espaciais costumam despejar pequenas réplicas de disco voador. Embora alardeie tantos poderes, Urandir não resiste, porém, a questionamentos. Para liberar a entrada ao Projeto Portal e ser entrevistado por ISTOÉ, ele colocou como condição não receber críticas. "Tem que ter documento assinado pela direção da revista, dando garantias", exigiu, revelando total desconhecimento sobre ética. "Só especializados entendem meu trabalho." Há mais de 20 anos dedicando-se à ufologia, o presidente do Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores, Ademar José Gevaerd, garante que o dono do Portal não é ufólogo nem contatado por ETs. "Urandir é, na verdade, um caso de polícia. Engana as pessoas à custa de truques grosseiros, como espalhar seus homens pelo mato, à noite, com faróis de milha. Quando ele supostamente chama os discos voadores, os focos de luz aparecem e as pessoas ficam embasbacadas", conta Gevaerd, reproduzindo o mecanismo.
Satanás
 
Diante de um grupo de 500 pessoas, Gevaerd tentou há dois anos demonstrar que uma das luzes exibidas por Urandir era um simples facho de caneta a laser, similar ao modelo que ele próprio levou à fazenda. "A multidão ficou enfurecida. Eu e meus amigos saímos de lá apedrejados, xingados de Satanás", lembra. Assim que soube da existência de Urandir, a aeromoça aposentada Julieta de Paraíso, que mora em São Paulo, integrou outro grupo de 500 visitantes ao Portal. Lá, notou uma forte resistência dos seus companheiros de viagem em comentar detalhes como o sumiço de empregados durante os avistamentos das naves espaciais. "O fanatismo é tão forte que temo que aconteça uma tragédia como a dos Heaven’s Gate", diz Julieta, referindo-se ao suicídio coletivo ocorrido há dois anos, em San Diego, na Califórnia, por 39 pessoas que acreditavam estar embarcando na cauda do cometa Hale-Bopp. "A região onde se localiza o Portal é, em si, mística. Urandir não precisava usar embustes para faturar."
Julieta ainda guarda uma pedrinha que Urandir garante ter retirado de sua testa como se estivesse extirpando um chip colocado por ETs. "Tudo é feito num cômodo escuro, no mesmo em que ele se apresenta com as mãos fosforecentes", diz. Não são poucos os que atestam que a luminosidade é resultado de produtos à base de fósforo. "É química pura. Urandir tem uma paranormalidade, consegue entortar moe-das e garfos. Mas usa truques de todo tipo", declara Rubem Índio Godoy. Conhecido como Índio, no final de 1994, ele largou o emprego público, na Fundação Nacional de Saúde, para atuar como braço direito de Urandir na implantação do projeto, do qual se desligou quatro anos depois. "Não somos inimigos, mas não voltaria a trabalhar para ele. Essa história de cura é piada. Toda vez que seus filhos adoecem, ele corre para o médico", relata.
Lotes
 
As pedras que Urandir apresenta como enviadas por extraterrestres são comuns nas imediações da serra de Maracaju, cujo morro mais visível é o de São Sebastião, vizinho ao Portal. "Embora tenham formato bastante exótico, essas pedras têm uma origem geológica natural. São rochas de arenito com alto grau de ferro", afirma o arqueólogo Gilson Martins, da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. Moradora de uma colônia da região, Olgarinda Caetano da Silva ganha a vida vendendo pedrinhas para turistas. "Antes, catava para o Urandir, que comprava baratinho. Todo mundo catava. De uns tempos para cá, ele parou de comprar", esclarece Olgarinda.
As rochas, que de fato lembram o formato de um disco voador, estão espalhadas por todo o País. São levadas por pessoas que, após passarem por cursos preparatórios, acodem ao Portal. Esses visitantes são arregimentados por seguidores de Urandir, que hoje mantém núcleos do seu projeto em Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Jaraguá do Sul (SC), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Vitória (ES) e Natal (RN). "Tudo tem preço. Quando usa seus truques, Urandir só pensa em arrancar dinheiro das pessoas", afirma a secretária Elaine Sabaliauskas, ex-namorada do guru. "Agora ele está loteando uma área rural e vendendo terrenos de 800 metros quadrados, mas os compradores não viram nem a cor da escritura. Como ele está sempre cercado por seus homens, não dá para questionar. A reação dele a qualquer sinal de desconfiança é ameaça em cima de ameaça", acusa Elaine.
Irritada com a falta de infra-estrutura no Projeto Portal, a psicóloga Maria Inês Ribeiro Bueno pretendia registrar queixa contra Urandir no Juizado de Pequenas Causas, em São Paulo, onde havia comprado o pacote de quatro dias, por R$ 350. Não conseguiu, porém, nenhum comprovante de pagamento. "Eu, que já tenho problemas de saúde, voltei pior do que fui, pois dormi no chão e comi mal. Não tinha nem água para tomar banho", reclama Maria Inês. Aos que criticam as condições de alojamento, Urandir explica que as dificuldades fazem parte do processo para se chegar à luz, como relata o advogado Cid Carvalho, do Rio de Janeiro. No final de 1994, ele procurou Urandir na esperança de curar os problemas psíquicos de uma filha, hoje com 39 anos. Na ocasião, o advogado também se submetia a um tratamento contra um câncer na panturrilha. "Urandir coloca uma nuvem nos olhos da pessoa. Eu me curei porque fiz 60 sessões de quimioterapia, mas acabei fazendo uma série de depoimentos como se ele tivesse me salvado. Minha filha continua com os mesmos problemas", afirma Carvalho.
Garimpo
Uma das maiores preocupações do advogado é que ele indicou 320 pessoas para o Projeto Portal. "Meu prejuízo foi financeiro e moral. Perdi muito dinheiro com o Urandir, mas o pior é que meus testemunhos influenciaram muitas pessoas", diz. Um dos primeiros a perceber os recursos ocultos de Urandir, Gevaerd, que edita a revista UFO, acredita que Urandir está construindo uma fortuna graças à boa-fé de seus adeptos. "Estimo que seu patrimônio seja de R$ 10 milhões", afirma. "O problema é que até a trajetória de vida que conta foi copiada de outra pessoa."
Quando Urandir chegou à região, vindo do interior paulista, procurou Lúcio Barbosa, dono do Sítio Anjos de Luz, também em Corguinho. "Ele acampou na minha casa por mais de um ano. Era um pouco paranormal, entortava umas coisas. Fez um garimpo na minha propriedade, mas não extraiu nada. Aos poucos, contei que tinha contato com extraterrestres, que a região era mística. Ele teve a idéia de usar as luzes. Me afastei, pois meu trabalho não envolve dinheiro", ressalta Barbosa. Entre os ufólogos mais conhecidos do País, Urandir também não conta com boa reputação. "Ele achincalha com a ufologia brasileira", reclama Claudeir Covo, presidente do Instituto Nacional de Investigações de Fenômenos Aeroespaciais.
Link relacionado: www.projetoportal.org.br
Fonte: Istoé

Urandir no programa de TV: 

Urandir no Jô Soares





Entrevista exclusiva com o serial killer "maníaco da bicicleta"

Vamos mostrar aqui a entrevista de um serial killer que matava especialmente crianças e dizia se atrair por elas e ainda sorria das vítimas, mas primeiro la vai um perfil do psicopata.

O andarilho Laerte Patrocínio Orpinelli, 47 anos, despertava compaixão dos moradores da cidade de Rio Claro, no interior de São Paulo, e em dezenas de cidades daquela região pelas quais costumava perambular era um tipo de vendedor de pesadelos. Maltrapilho, cabelos desgrenhados, ele carregava uma sacola de plástico na mãos com umas poucas mudas de roupa mal-cheirosas. A aparente fragilidade e a simpatia quase subserviente conquistavam as pessoas que, penalizadas, decidiam ajudá-lo. "Ele aparecia de vez em quando no bar. Eu o achava um coitado e com pena dele lhe dava uns sanduíches", conta o funcionário da mercearia Dom Bosco, em Piracicaba, Marcos Brito da Silva. Atitudes como essa eram recorrentes na interminável rota que parecia seguir. Hoje, Laerte desperta ódio e perplexidade. Friamente, confessou 11 assassinatos de crianças, entre quatro e dez anos. Duas outras mortes foram confessadas informalmente à polícia, até quinta-feira 27. O "Monstro de Rio Claro", como passou a ser conhecido, gostava de registrar num pequeno caderno o dia e a cidade por onde passava. A partir das anotações encontradas, a polícia elaborou um banco de dados que registra a rota macabra de 26 cidades e 96 crianças desaparecidas. O andarilho da morte faz questão de dizer que tem profissão: é engraxador de portas de estabelecimentos comerciais. Laerte foi preso no município de Leme dia 13, mas a polícia já estava em seu encalço há meses. Com o antigo argumento de dar balinhas e doces às crianças ele conquistava a atenção delas. Abusava sexualmente, esmurrava e matava. Jéssica Alves Martins, nove anos, cruzou a rota da morte de Laerte no dia 21 de novembro do ano passado. Há registro da passagem de Laerte pelo albergue do município no dia 20. Dois dias depois, o corpo dela foi encontrado. Em datas e locais diferentes, tiveram o mesmo fim trágico e violento Daniela Regina de Oliveira Jorge, cinco anos; Alyson Maurício Nicolau Cristo, seis anos; José Fernando de Oliveira, nove anos; Osmarina Pereira Barbosa, dez anos; Aline dos Santos Siqueira, oito anos; e Anderson Jonas da Silva, seis anos.

O perfil do assassino:
O comportamento estranho de Laerte, sétimo filho de uma família de oito irmãos, todos nascidos em Araras, começou cedo, com quase a mesma idade de suas vítimas. Ele cursava o terceiro ano primário e chamou a atenção de uma professora pelo estranho comportamento. Mal falava, brincava sozinho e tinha péssimo rendimento escolar. Não conseguia passar de ano e abandonou os estudos. Nessa mesma época, deu sinais de que no futuro iria pôr o pé na estrada. Ficou uma semana fora de casa, sem dar satisfação aos pais. Para chamar a atenção da família, batia latas no quintal. Essas atitudes irritavam a mãe, Eliza, que, numa tentativa desesperada de contê-lo, o amarrava com pedaços de trapos na beirada da cama ou ao pé da mesa. 
Aos 16 anos, inaugurou uma série de internações na clínica psiquiátrica Sayão. Certa vez ficou cinco anos direto em tratamento. Às vezes resolvia dar um tempo por conta própria e fugia. Segundo o diretor da Sayão, José Carlos Naitz-ke, a família o internava alegando que ele tinha problemas de alcoolismo. "Não digo que Laerte tem uma doença mental. Seu diagnóstico clínico é segredo médico", afirma. Segundo um dos sobrinhos que preferiu não se identificar, três dos quatro irmãos são aposentados por alcoolismo. O comportamento arredio e estranho de Laerte foi se poten-cializando pela crônica desunião da família. Depois que se casaram, os irmãos nunca passaram um Natal juntos.

Comportamentos estranho:
Infantil
"De vez em quando ele fazia coisas sem nexo como pedir para a minha mãe
 que escrevesse cinco cartas para uma mesma pessoa", conta o sobrinho.
 Segundo o rapaz, o tio tinha um comportamento infantil. 
"Uma vez o vi em casa com um brinquedinho.
 Pedi para ver e ele disse: Não. É meu!"
 Embora com dificuldades de se relacio-nar com as pessoas,
 Laerte teve uma namorada.
 Sidney Aparecida Martins, 62 anos, conheceu o andarilho em 1983 e 
chegou a viver com ele por dois anos e meio. 
Sidney conta que o maníaco era agressivo. 
Eles dormiam em quartos separados e moravam na casa dela, no bairro de
 Bela Vista, próximo ao Horto Florestal, onde foram encontradas 
duas ossadas de crianças mortas por Laerte. 
"Ele ficava agitado. Saía de manhã e só voltava à noite. 
Nunca vi dinheiro com ele. Sabia que era alcoólatra, 
mas desconhecia o fato de ele ter problemas psiquiátricos", 
reagiu Sidney sem saber explicar o comportamento cruel e
 monstruoso do companheiro.
Laerte conversou com ISTOÉ duas vezes. Na primeira, mostrou seu lado
 pouco tolerante, irritadiço e encerrou a entrevista quase aos berros.
Na segunda, parecia outra pessoa. Mostrou-se risonho, gentil.
 Chegou a pedir uma camisa nova e alguns "salgadinhos".
ISTOÉ – Por que matar crianças?Laerte – Eu gosto de ver o corpinho delas.
Gosto da beleza que elas têm.
ISTOÉ – O que te atrai nelas?Laerte – Gosto de um jeito diferente.
ISTOÉ – Sexual?Laerte – É.
ISTOÉ – Por que decide seduzi-las?Laerte – Quando bebo incorporo o Satã,
fico nervoso e sinto esse desejo. Sinto prazer em vê-las aterrorizadas.
ISTOÉ – E como você as escolhe?Laerte – É depois de beber.
 Começa a sessão de violência. Eu vejo crianças e me dá vontade de
 fazer desordens.
ISTOÉ – Há quanto tempo você começou a matar?
Laerte – Há uns cinco ou seis anos.
ISTOÉ – E você matou adulto também? Mulheres?
Laerte – (Ri) Não. Nunca. Só crianças.
ISTOÉ – Quantas crianças você calcula ter matado?
Laerte – Umas 15 no total.
ISTOÉ – Você não achava que um dia poderia ser pego?
Laerte – Sabia que um dia ou outro a polícia ia me pegar, mas não me
 preocupava.
ISTOÉ – Você está arrependido?
Laerte – Estou. Quero me tratar.

Fonte: Istoé

Detalhe inesperado aparece em foto do eclipse e causa surpresa


Milhões de norte-americanos assistiram, através de telescópios, câmeras e óculos de proteção descartáveis, ao momento em que a Lua apagou o Sol, no primeiro eclipse solar total a cruzar os Estados Unidos de costa a costa em quase um século. Uma foto tirada pela NASA captou, além da beleza do fenômeno natural, um detalhe bastante inesperado. A Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) cruzou o céu e passou em frente ao Sol bem no momento do eclipse. A foto tirada pelo fotógrafo da NASA Joel Kowsky captou perfeitamente o instante em que a minúscula silhueta do ISS se aproxima do astro. A imagem foi capturada da cidade de Banner, no Wyoming. A agência espacial americana também registrou em vídeo o momento em que a Estação Espacial passa ao lado do Sol, a uma velocidade aproximada de 8 km/seg. Uma câmera de alta velocidade, que filma 1.500 quadros por segundo, foi usada para capturar o evento.


Médium divulga declarações do "espirito da princesa Diana"

Na semana em que sua morte completa duas décadas, a princesa Diana voltou aos holofotes dos noticiários. E, segundo o médium Ryuho Okawa, a princesa morta tem uma mensagem para o mundo.


Okawa é líder espiritual da seita Happy Science, com base no Japão. Ele garante ter conversado com o espírito de Diana no começo de julho. A “entrevista” que ele alega ter feito estará em livro que ele planeja lançar em breve.

Nas mensagens atribuídas por ele a Diana — e que já foram divulgadas —, a princesa fala sobre seu acidente, sobre o destino da monarquia britânica e até sobre Kate Middleton, casada com seu filho William.

Veja trechos da suposta entrevista:

Sobre o príncipe Charles

“No começo, ele me amava. Mas depois do casamento, ele não tinha amor verdadeiro porque a minha beleza era apenas um acessório”

Sobre Kate Middleton

“Catherine é muito boa comigo. Sinto isso”

Sobre a Rainha e a possibilidade do filho William ser rei
“Ela [rainha] é talvez uma grande mãe. Mas ela é a última, a última luz da Inglaterra. Receio que a Inglaterra experimente outra revolução. Assim, não posso imaginar que a Família Real exista pra sempre”

Sobre o acidente de carro que causou sua morte

Em um primeiro momento, Okawa lembra o acidente e pergunta a Diana se ela tem alguma memória da ocasião. Essa é a resposta que o médium diz ter obtido:

“Houve um acidente de carro e eu fui levada a um hospital. Eu dormia, dormia, dormia, mas ainda estava viva”.

Na sequência, o médium afirma que Diana é um fantasma e recebe, segundo ele, ela reação:

“Não! Céus, não! Não, não, não, não, não! Não gosto de fantasmas! Não, não, não, não! É um sonho, um pesadelo! Eu tenho um túmulo na Inglaterra, é claro, mas não vivo nesse túmulo!”

Fonte: Yahoo

VEJA TAMBÉM: O KERIAL KILLERS QUE FICOU FAMOSO COMO O EMASCULADOR DE MENINOS NOS ESTADOS DO PARÁ E MARANHÃO AQUI

O Serial Killer responsável por 42 mortes e de ser emasculador de meninos

A nossa saga de histórias de serial killers ainda continua. Abaixo você ler a história de um monstro que atacou crianças no interior do Pará e Maranhão.


Os olhos são mansos. A pele é morena clara e o corpo franzino, de apenas 1 metro e 62 centímetros de altura. Nada assusta no mecânico Francisco das Chagas Rodrigues de Brito, de 38 anos. Mas ele é, possivelmente, o maior assassino em série da história brasileira. É acusado de ter violentado, assassinado e mutilado 42 meninos durante 15 anos no interior do Pará e na capital do Maranhão, São Luís. Na madrugada da quarta-feira, foi condenado a 20 anos e oito meses de reclusão por apenas uma das mortes, a do menino Jonnathan Silva Vieira. Os outros assassinatos ainda irão a júri. São mais 41 histórias de horror a ser contadas.
Chagas é acusado de ter espalhado terror pelo norte do Brasil. Nascido no interior do Maranhão, morou na cidade paraense de Altamira. Aos 21 anos, teria começado a matar. Em Altamira, teriam sido 12 garotos. Outros três sobreviveram, arrastando-se da mata ensangüentados. Mas ficarão marcados para sempre pela emasculação. Depois, de volta a seu Estado natal, Chagas foi morar na capital. Instalou-se numa área de moradias populares conhecida como Jardim Tropical. Atacava pela vizinhança. Teria começado em 1991. E teria seguido, sem levantar suspeitas, durante oito anos. Uma das vítimas, o menino Daniel Ferreira Ribeira, de apenas 4 anos, foi retirado de dentro de casa enquanto o pai dormia. Chagas chegou a atuar como voluntário na reconstituição realizada pela polícia. "Era para meu filho estar agora com 7 anos", diz Mônica Regina Ferreira, mãe de Daniel. "Essa dor eu vou levar comigo para sempre." 

Chagas só foi preso em dezembro de 2003, após a morte de um garoto de 14 anos que morava perto de seu trabalho. Ele havia chamado Jonnathan Silva Vieira para catar açaí na mata. Antes de sair, o menino avisou à irmã mais velha para onde e com quem iria. Quando a polícia começou a investigar o desaparecimento de Jonnathan, Chagas tornou-se o principal suspeito. Em sua casa, os investigadores descobriram cadáveres de outras vítimas, inclusive Daniel. "Com o julgamento, minha luta chegou ao fim", diz Rita de Cássia Gomes da Silva, mãe de Jonnathan. "Já posso pensar em reconstruir minha vida. Nesses quase três anos, perdi meu emprego de cozinheira, pois não conseguia fazer mais nada. Agora, quero me mudar daqui. Esse sempre foi o sonho do Jonnathan, que eu não consegui realizar quando ele estava vivo."
No início, ninguém imaginou a possibilidade de assassinatos em série. "Trabalhamos com as hipóteses de tráfico de órgãos, magia negra e até ações de terror", diz o promotor de Justiça Samarone de Souza Maia, que atuou na acusação no caso de Jonnathan. "A lição para mim é que o sistema judicial brasileiro não está preparado para esse tipo de criminoso." Para começar, a polícia teve dificuldade em provar a culpa de Chagas em todas as mortes com características semelhantes. Recorreram à pesquisadora Ilana Casoy, do Núcleo Forense do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (HC), em São Paulo. Ela traçou o perfil psicológico do provável homicida e comparou-o com o de Chagas. 
Os especialistas afirmam que cada assassino em série tem uma marca própria. Sua assinatura. (Atenção. Aqui serão descritas algumas atrocidades. A história pode ser seguida a partir do próximo parágrafo, sem prejuízo do entendimento.) A assinatura dos homicídios de Chagas era a emasculação das vítimas - sempre meninos, de no máximo 14 anos. Segundo os peritos, ele extraía os órgãos genitais dos meninos com uma faca. Antes estrangulava os meninos até que desmaiassem e abusava sexualmente deles. A morte se dava no estrangulamento ou depois, por hemorragia. Segundo o inquérito policial, Francisco levava os garotos para matas fechadas, convencendo-os a colher frutos ou caçar passarinhos. Depois de matá-los, realizava um estranho ritual. Com um cone feito de folhas verdes, coletava sangue no ferimento da emasculação. Caso fosse necessário, fazia novos furos no corpo até encher o cone. Desenhava uma cruz no chão e a cobria com o sangue do menino morto. O órgão masculino era envolto num pedaço da camisa da vítima e jogado na água. Podia ser um rio, lagoa ou mar. Não raro, pequenos pedaços do corpo também eram amputados: orelhas, dedos, panturrilhas, mãos ou mamilos. O cadáver era coberto com folhas de tucum, sempre tucum - uma espécie de palmeira espinhenta comum na região.

As características do crime indicam a atuação de um doente. Ele afirma que escutava vozes e via um ser branco flutuando a cerca de 40 centímetros do chão a mostrar sua próxima vítima. Mas testemunhas contam que Chagas não fazia o tipo esquisito. "Era querido na vizinhança pobre onde morava", diz a psicóloga Maria Adelaide de Freitas Caires, também do Núcleo Forense do HC. Ela fez o laudo psicológico de Chagas. "Solícito, ele levava os doentes aos hospitais, comprava remédio, ajudava a limpar o terreno do vizinho. Já tinha se candidatado a presidente da associação dos moradores quando foi descoberto", afirma. A psicóloga atestou que Chagas tinha, até certo ponto, consciência de seus atos. Por quatro votos a três, o júri o considerou semiimputável. Isso significa que ele é juridicamente responsável por seus atos, mas pode ter redução de até dois terços da pena. O juiz concedeu-lhe redução de um terço. Não fará muita diferença, porque as penas são cumulativas e os próximos julgamentos devem garantir que Chagas passe o resto de seus dias na prisão. "A gente está unida, todas as mães", diz Mônica Ferreira, mãe de Daniel. "Vamos fazer o que for preciso para deixar esse assassino apodrecer na cadeia."
O que faz uma pessoa solícita e querida em sua comunidade cometer atos monstruosos? Segundo os especialistas, não há explicação. Os assassinos seriais são um fenômeno mundial. Fazem-se filmes sobre eles, como O Silêncio dos Inocentes, de 1991, vencedor de cinco Oscars. Mas ninguém os entende. "Eles não se classificam como psicopatas, depressivos, nem nenhuma das patologias conhecidas", diz a psiquiatra Ilana Casoy. "Ainda há pouco estudo sobre eles." Mesmo assim, a infância de Francisco sugere algumas respostas. Menino pobre, o caçula de cinco filhos de agricultores, ele perdeu a mãe aos 4 anos. Foi criado pela avó materna, que lhe dava surras com cipó, segundo ele e uma irmã. "A avó colocava um papel na parede onde ia anotando os atos merecedores de castigo. Quando chegavam a oito, o próprio garoto tinha de ir na mata buscar o cipó com o qual seria surrado", diz a psicóloga Maria Adelaide. Chagas afirmou durante o julgamento que sofreu abuso de um rapaz 15 anos mais velho, que a avó levou para dentro de casa. Isso teria ocorrido pelo menos três vezes. 
O abuso teria contribuído para o desvio de personalidade de Francisco? Ilana Casoy diz que sim. "Em mais de 80% dos casos de criminosos em série houve abuso sexual na infância." No caso de Chagas, as vítimas tinham sempre as mesmas características - físicas e sociais - que ele um dia teve. Eram meninos franzinos e pobres. "Em cada vítima, Chagas via a criança que foi", diz Maria Adelaide. "Ele queria matar o próprio passado." Chagas afirma que nunca sentiu remorso pelos assassinatos. Nem tinha pena das vítimas ou de suas famílias (leia a entrevista). As declarações de que ouvia ordens de uma voz seriam uma forma de ele responsabilizar alguém, uma força superior, pelo que fez. "Fica mais fácil viver consigo mesmo", diz Ilana. Outra característica de Chagas é a inteligência. Ele concluiu apenas a primeira parte do ensino fundamental (a antiga 4a série primária). Mesmo assim, fala com desenvoltura e um universo vocabular acima da média de seu grupo social. O teste de coeficiente de inteligência (QI) indicou pontuação de 105 - um nível considerado excelente para quem tem seu histórico.
Os policiais dizem que Chagas fazia uma espécie de jogo com eles. Seus relatos sobre as mortes seguiam um ciclo de evolução. Primeiro, ele dizia não se lembrar de nada. A cada descoberta do inquérito com que era confrontado, afirmava: "Aí, você me pegou nessa". E dava uma nova informação como "prêmio" aos investigadores. Os psicólogos não têm dúvida de que ele tenha matado todos os 42 meninos. Citam a "assinatura" peculiar de cada homicida em série. E afirmam que ele não só assumiu os homicídios como identificou os locais das mortes e forneceu detalhes que só poderiam ser descritos por quem participou delas. "Na localização dos corpos, a diferença entre os locais apontados por Chagas e os que foram levantados nas perícias era de apenas 50 centímetros", diz o promotor Maia. Isso levou à revisão de processos antigos. Cinco pessoas haviam sido presas pelos assassinatos no Maranhão, e uma delas tinha sido condenada. Os processos foram revistos.
Mas o caso não está encerrado. A polícia do Pará não aceita as conclusões dos maranhenses. Lá, o caso é tratado como uma série de 19 vítimas, entre mortes, mutilações e tentativas de violação. Há um processo que julgou sete acusados e condenou seis deles por matar os garotos e mutilá-los em rituais de magia negra. Eles faziam parte de uma seita chamada L.U.S. A presidente da seita, Valentina de Andrade, autora do livro Deus, a Grande Farsa, foi a única absolvida. Hoje, vive na Argentina, onde fica a sede da seita. Dos seis condenados, dois estão presos, três fugiram e suspeita-se de que um deles esteja morto. "Francisco Chagas é uma farsa", afirma Rosa Pessoa, presidente da associação dos familiares das vítimas e mãe de um dos meninos mortos no Pará. "Acreditamos que ele possa fazer parte do grupo que matou as crianças. Mas ele nunca poderia ter agido sozinho. O que está se querendo fazer é acobertar os poderosos", diz. Ela se refere a dois médicos e uma empresária suspeitos dos assassinatos.
O que reforça a tese dos paraenses é que houve pelo menos cinco ataques parecidos em Altamira quando Chagas já estava no Maranhão. Levado a Altamira para ajudar a localizar os corpos de desaparecidos, ele indicou um local errado. "Só havia ossadas de animais no lugar que ele mostrou", diz Maria Raimunda dos Santos, tia de um dos meninos mortos. Ela integra um comitê em defesa da vida das crianças altamirenses, formado após a tragédia por parentes das vítimas. Uma hipótese é que Chagas tenha tido contato com os membros da seita, aprendido sua técnica macabra e replicado os assassinatos no Maranhão. Chagas afirma que conhecia apenas de vista um dos condenados pelas mortes no Pará. "Ele é um dos culpados", diz Antônia Melo, do comitê. "O que as famílias querem é que todos os condenados sejam presos." 
Na prisão, Chagas diz sentir que Deus "ainda tem alegria" para ele Francisco das Chagas recebeu ÉPOCA no presídio de segurança máxima de São Luís, na cela isolada em que vive há nove meses. A direção da casa teme que os outros presos o ataquem, se tiverem contato com ele.

ÉPOCA - Foi justa sua condenação?
Francisco das Chagas 
- A Justiça está fazendo o trabalho dela e foi correta. Só que, no meu entendimento, é preciso julgar a pessoa pelo lado da solidariedade, pelo lado mais humano. Não só olhar pelo lado da maldade. O que aconteceu comigo pode acontecer com qualquer um. O "bicho" está lá fora solto. Nós todos poderemos ser tentados a qualquer momento.
ÉPOCA - Ao júri, você contou uma versão de uma infância sofrida, sem os pais, com maus-tratos e abuso sexual. Seu passado justifica os crimes que você cometeu?
Chagas 
- Eu não gosto muito de falar da minha infância. Ninguém gosta de falar de sofrimento. Eu não tive carinho de pai, atenção, aquele amor que a criança precisa. Com 4 anos meu pai se largou da minha mãe. Depois minha mãe morreu. Minha avó materna foi criar a gente. Eu fui uma criança que nunca teve o prazer de ganhar um presente. E desejaria que o povo brasileiro pudesse dar atenção a seus filhos. Quando eu tinha 6 anos de idade, minha avó chamou um rapaz para morar lá com a gente. Isso foi uma coisa que eu guardei, escondi da minha família. Por vergonha. Quando minha avó ia fazer compra na cidade, esse rapaz por umas três vezes abusou de mim. Eu contei essas histórias agora porque me perguntaram. Mas não quer dizer que as coisas que aconteceram sejam desculpa para o que eu fiz.
ÉPOCA - Qual era o sentido do ritual nas mortes que você praticou?
Chagas
 - Eu não sou homossexual. Eu me sinto muito revoltado quando me chamam disso. Eu gosto é de mulher, meu negócio é mulher. Isso aí não importa. Eu não praticava sexo com a vítima. Isso não é verdade.
ÉPOCA - A polícia achou sêmen seu...
Chagas
 - Isso não é verdade. Se fosse, eu dizia.
ÉPOCA - Como começaram as mortes?
Chagas
 - Eu nunca tive desejo de fazer mal a ninguém. Sempre fui uma pessoal normal. Quando eu tinha uns 20 anos, comecei a sentir aquela diferença em mim mesmo. Não tinha mais aquele amor. Existia uma voz que falava comigo, sim. As pessoas acham que isso é loucura. Mas não é.
ÉPOCA - Você se arrependeu?
Chagas
 - Quando eu estava naquela confusão, não sentia arrependimento de nada, não. As pessoas dizem: isso é um monstro. Mas isso que aconteceu comigo pode acontecer com qualquer um que está aí fora.
ÉPOCA - Você queria ser perdoado?
Chagas
 - Uma mãe lá no júri disse que podia até me perdoar, mas só depois de fazer picadinho de mim. Como é que uma pessoa dessa Deus pode perdoar? Deus deu seu único filho para o sacrifício. Se a pessoa não perdoa seu próximo, Deus não pode perdoar essa pessoa.
ÉPOCA - Se você não tivesse sido descoberto, voltaria a matar?
Chagas
 - Não sei. Acredito que não. Isso aí tinha uma determinação certa. Agora passou. Eu não sou uma pessoa má.
ÉPOCA - Se pudesse voltar no tempo, o que faria diferente?
Chagas
 - Eu ia ser uma pessoa tranqüila e feliz. Jamais ia fazer uma coisa má com ninguém, pois já sei a reação que existe quando a gente faz uma maldade. Eu sou uma pessoa que ainda pensa em ser feliz. Ainda quero ser um cidadão respeitador. E quero ser respeitado como as pessoas me respeitavam. Eu pensei em dar fim a minha vida. Mas uma coisa me disse que Deus ainda tem alegria para mim. Eu não vou recorrer da sentença. Só quero que Deus me dê outra chance.


Fonte: Época
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